CENA 52. HALL DO PRÉDIO DA MANCHETE. EXTERIOR. DIA.
OS DOIS CAIXÕES, LADO A LADO. A FAMÍLIA DO MOTORISTA RECEBENDO MUITOS PÊSAMES. SARAH, AGORA MENOS SEDADA, JUNTO COM MARIA ESTELA, RODRIGO E MÁRCIA. BÊ TAMBÉM POR ALI. O DR. ALUÍSIO SALLES SEMPRE DE PRONTIDÃO. ADOLPHO BLOCH RECEBENDO AS PESSOAS, AUXILIADO POR GERALDO CARNEIRO, RENATO ARCHER, MURILO MELO FILHO E CARLOS HEITOR CONY. EM CORTES DESCONTÍNUOS VEMOS CELITA, M. ALICE E CAMILINHA, HELÔ E MARCELO CUMPRIMENTANDO SARAH E FAMIILIARES. YEDDA SURGE DE LUTO, VAI ATÉ O CAIXÃO, CHORA EM SILÊNCIO, DIGNA. CUMPRIMENTA SARAH. ELAS SE ABRAÇAM COMOVIDAS. SALOMÉ E RAUL FICAM DIANTE DO CAIXÃO DE JK. SALOMÉ REZANDO EM SILÊNCIO. JULIO SOARES ABRAÇA SARAH E OS DOIS CHORAM. CARMEN DULCE EM UM CANTO, CHORANDO EM SILÊNCIO. ANA AO LADO DELA, ABATIDA. LUIS FILIPE VÊ HELÔ E VAI PARA ELA. OS DOIS SE ABRAÇAM TERNAMENTE. MUITA GENTE CHEGANDO. ENTRE AS PESSOAS, FÉDULO. CORTA RENTE:
CENA 53. . RUA DO PRÉDIO DA MANCHETE. EXTERIOR. DIA.
COM FILMES DE ÉPOCA, FOTOS E IMAGENS DE NOSSOS PERSONAGENS, OS DOIS CAIXÕES SAINDO DO PRÉDIO DA MANCHETE, SEGUIDOS POR TODOS QUE ESTAVAM NO VELÓRIO. MUITA COMOÇÃO. OS SOLDADOS, TODOS DE CAPACETE, VIGIANDO OSTENSIVAMENTE. FÉDULO BERRA:
FÉDULO — (BERRA) Tirem o capacete! Honrem o presidente!!!
POVO — (BERRANDO) Tira! Tira! Tira!
OS SOLDADOS COMEÇAM A TIRAR OS CAPACETES, EM SINAL DE RESPEITO. O POVO SEGUE, CANTANDO, ENTRE LÁGRIMAS E PALMAS, O “PEIXE-VIVO”. CAM DERIVA E MOSTRA MARISA, EM UM PONTO, OLHANDO PARA TUDO, CHORANDO COPIOSAMENTE. ANA VAI PARA ELA.
ANA ROSENBERG — Por que não vem para Brasília comigo?
MARISA — Não posso, ele não gostaria que eu afrontasse d. Sarah!
ANA CONSOLA MARISA E CORTA.
CENA 54. APTO. DE SAMPAIO. SALA. INTERIOR. DIA.
SAMPAIO E MAGUI OLHANDO PARA FORA. COMO SE NADA FORA.
JORGE SAMPAIO — Que tempo bonito! Nem parece agosto!...
MAGUÍ — Eu prefiro agosto na Europa, papai... Eu passei um agosto inesquecível em Saint Tropez...
CORTA.
CENA 55. PRAIA. EXTERIOR. DIA.
ABRE EM CÁSSIO TOMANDO SOL, SÓ DE MAIÔ. SURGE NEUSINHA.
NEUSINHA — Acabou a folga! Pode ir pra casa, botar a beca e ir trabalhar... O governo não tá nem tomando conhecimento da morte do Juscelino! Funcionário público vai ser obrigado a trabalhar!
CÁSSIO — (REAGE) Isso é pro pessoal não poder ir ao enterro lá em Brasília! Sacanagem com o Juscelino! O cara foi presidente bossa nova! E a gente podia passar o dia na praia, pô!
CORTA.
CENA 56. RUAS DO RIO DE JANEIRO. EXTERIOR. DIA.
COM FILMES E FOTOS DA ÉPOCA, CLIPE DO SÉQUITO PELAS RUAS DO RIO DE JANEIRO, ATÉ O AEROPORTO. CORTA. (O CORPO DE GERALDO RIBEIRO SEGUIU PARA BELO HORIZONTE)
CENA 57. NÚCLEO BANDEIRANTE. PENSÃO ALVORADA. EXT. DIA.
ABRE NA FACHADA DA PENSÃO ALVORADA, COM MUITOS MELHORAMENTOS E AGORA “HOTEL ALVORADA”. CEARÁ, SEU ZÉ, GUIOMAR (CHORANDO). INCONFORMADOS COM A MORTE DE JK. CEARÁ OUVINDO UM RADINHO DE PILHA.
GUIOMAR — Eu não me conformo que o Juscelino morreu!!!
CEARÁ — Com tanta gente ruim pra morrê, como é que vai acontecê um negócio desses com um home bom como o Juscelino, seu Zé?
SEU ZÉ — Bom não, Ceará, ele era que nem santo!
CEARÁ AUMENTA O RÁDIO.
ANTENOR — (EM OFF NO RÁDIO) Brasília está profundamente abalada com a morte de Juscelino Kubitschek. Seu corpo será enterrado no Campo da Esperança mas, o homem JK continuará vivo na memória dos fundadores desta cidade!
ENTRA A MÚSICA PEIXE VIVO. QUE VAZA PARA:
CENA 58. RESTAURANTE PRESIDENTE BOSSA NOVA. INT. DIA.
ALZIRA E JUDITE CHORANDO EMOCIONADAS.
ALZIRA — Vamos pro enterro, Judite! Pode fechar o restaurante!
JUDITE — Já escrevi numa tabuleta que Por razões de luto fechamos.
ALZIRA DESLIGA O RÁDIO, MAS AINDA OUVIMOS A MÚSICA ECOANDO, TOCADA NOS OUTROS RÁDIOS DO NÚCLEO BANDEIRANTE. CORTA.
CENA 59. NÚCLEO BANDEIRANTE. PENSÃO ALVORADA. EXT. DIA.
A MÚSICA DA CENA ANTERIOR VAZA PARA ESTA, ECOANDO, REPETIDA PELOS RÁDIOS LIGADOS, NO FUNDO. SEU ZÉ PARADO, SENTADO NA ESCADA, COM O CHAPÉU NA MÃO, AINDA ARRASADO. CEARÁ PASSA POR ELE, FAZ MENÇÃO DE DIZER ALGO, MAS SEU ZÉ NÃO DEIXA.
SEU ZÉ — O Juscelino falava pra mim: “e aí, seu Zé, vai ou não vai?” Pra mim, Ceará... um presidente me dirigia a palavra!...
OS CANDANGOS (FIG.) VÃO SE REUNINDO PARA IR PARA O ENTERRO. AS PESSOAS VÃO SE CUMPRIMENTANDO, SE ABRAÇANDO, CHORANDO. OS CARROS PÁRAM, E DELES DESCEM MAIS PESSOAS. CAM. DETALHA UM MOTORISTA (FIG.) AMARRANDO UM PANO PRETO NA ANTENA DO CARRO.
CEARÁ — Vamo pro aeroporto receber Juscelino, pessoal!!!
CORTA RENTÍSSIMO.
CENA 60. AEROPORTO DE BRASÍLIA. SAGUÃO. INTERIOR. DIA.
POPULARES (FIG.) COMEÇANDO A ENCHER O SAGUÃO DE EMBARQUE. OS GUICHÊS DAS COMPANHIAS AÉREAS FECHADOS. AO FUNDO, AINDA OUVIMOS “PEIXE-VIVO”. CORTA.
CENA 61. AEROPORTO DE BRASÍLIA. PISTA. EXTERIOR. DIA.
FUNCIONÁRIOS DAS COMPANHIAS AÉREAS (FIG.) E PESSOAL DE TERRA (FIG.) SE AGLOMERANDO AO LADO DO AVIÃO. SOLDADOS DA AERONÁUTICA (FIG.). ORGANIZANDO UM CORDÃO DE ISOLAMENTO. CAM. DETALHA UM SOLDADO (FIG.) COLOCANDO A BANDEIRA NACIONAL A MEIO PAU. SARAH, AMPARADA POR MÁRCIA E MARIA ESTELA. ELAS DESCEM AS ESCADAS, SEGUIDAS POR RODRIGO E BÊ BARBARÁ. CORTA. OFF DE LACERDA QUE VAZA PARA A CENA SEGUINTE.
CARLOS LACERDA — (EM OFF) A lição que Juscelino deixa é a de que é possível desenvolvimento com liberdade, não é preciso concordar para conviver. Mas até para discordar é preciso conviver. Urge restabelecer entre os brasileiros a confiança e o ânimo, abalados por tantos equívocos. Nada é mais fácil dirigir do que um povo desconfiado. Ninguém se engana mais do que os que se consideram infalíveis.
CENA 62. AEROPORTO. ACESSO DE AUTOMÓVEIS. EXT. DIA.
CENTENAS DE PESSOAS (FIG.) RODEANDO UMA FILA FORMADA POR UMA KOMBI PRETA (SERVIÇO FUNERÁRIO DAS PIONEIRAS SOCIAIS) E POR DEZENAS DE TÁXIS, COM PANOS PRETOS AMARRADOS NAS ANTENAS ATRÁS. EM CORTES DESCONTÍNUOS VEMOS O CAIXÃO DENTRO DA KOMBI, SARAH E AS FILHAS EM UM CARRO, O CORTEJO SAINDO, E, AO LONGO DO CAMINHO, O CORTEJO AUMENTANDO CADA VEZ MAIS: VÁRIOS CARROS SE JUNTANDO E PESSOAS CORRENDO AO LADO. CAM. DETALHA A EMOÇÃO DO POVO. CORTA.
CENA 63. BRASÍLIA. CATEDRAL. EXTERIOR. NOITE.
CENTENAS DE PESSOAS (FIG.), GUIOMAR, SEU ZÉ, CEARÁ, ALZIRA, E JUDITE, DO LADO DE FORA DA CATEDRAL. SOLDADOS (FIG.) TENTANDO MONTAR UM CORDÃO DE ISOLAMENTO. VERA BRANT CHEGANDO, VÊ GUIOMAR BRIGANDO COM UM POLICIAL (SEVERINO). INTERFERE.
VERA BRANT — O senhor tá querendo isolar o quê? Tem alguma coisa aqui para ser isolada?
SEVERINO AMEAÇA EMPURRAR GUIOMAR, CEARÁ SE PÕE NA FRENTE.
CEARÁ — Se for prender, vai ter que prender todo mundo.
SEVERINO, INTIMIDADO PELA MULTIDÃO, DESISTE. CAM. DETALHA: 1. O ALGUNS JOVENS MOTOQUEIROS (FIG.) SEGURANDO UMA FAIXA COM OS DIZERES: “AO QUERIDO PRESIDENTE JUSCELINO, NOSSA ETERNA GRATIDÃO.” 2. POPULARES COM BANDEIRAS DO BRASIL. A MULTIDÃO COMEÇA A CANTAR “PEIXE-VIVO”. ALGUNS POPULARES CANTAM: “COMO PODE UM POVO LIVRE VIVER SEM DEMOCRACIA”. (ESTÁ NO CORREIO BRASILIENSE). CHEGA A KOMBI COM O CAIXÃO. SOLDADOS (FIG.) RETIRAM O CAIXÃO DA KOMBI PARA LEVAR PARA O INTERIOR DA CATEDRAL. ALGUNS POPULARES (FIG.) RETIRAM O CAIXÃO DAS MÃOS DOS SOLDADOS, ENTRE ELES SEU ZÉ. CHICOTE PARA FIALHO DE CHARUTO OLHANDO COM DESDÉM. CORTA.
CENA 64. BRASÍLIA. CATEDRAL. INTERIOR. NOITE.
NOS BANCOS: SARAH, MÁRCIA, MARIA ESTELA, RODRIGO, AFFONSO HELIODORO, JULIO SOARES, IDALINA, VERA BRANT, CARLOS MURILO, DEA, ADOLPHO BLOCH, DR. ALOISIO SALLES, CIRLENE, RENATO ARCHER, OLAVO DRUMMOND, GERALDO CARNEIRO, ILDEU E NEUSA. EM OUTRO BANCO, MAIS AFASTADO, ANA ROSEMBERG, SALOMÉ, SILVINHA, RAUL, ANTENOR, VILSINHO E SEBASTIÃO. DORA AMAR JUNTO DE VILSINHO E SEBASTIÃO COM DUAS OU TRÊS DE SUAS PUPILAS ACOMPANHANTES, ESPALHADOS: CÉSAR PRATES, OSCAR NIEMEYER, LÚCIO COSTA. FIG. DE AMIGOS E POLÍTICOS. O CAIXÃO, COBERTO PELA BANDEIRA DO BRASIL, NO MEIO DO TAPETE PRINCIPAL, FORRADO DE FLORES. EM CORTES DESCONTÍNUOS, COROAS DE FLORES NÃO PARAM DE CHEGAR. CHEGA O CACIQUE MARIO JURUNA COM ALGUNS ÍNDIOS. O CACIQUE CUMPRIMENTA A FAMÍLIA. FOTÓGRAFOS, ENTRE ELES SÉRGIO SÁ. ELE VÊ ANA. OS DOIS SE PRECIPITAM UM NOS BRAÇOS DO OUTRO RECONCILIADOS. DOM JOSÉ NEWTON (FIG.) ENTRA E COMEÇA A REZAR A MISSA DE CORPO PRESENTE. TODOS FICAM DE PÉ. MUITA EMOÇÃO. EM CORTES DESCONTÍNUOS, CAM. DETALHA A TRISTEZA E A EMOÇÃO DOS PRESENTES. CHORO DESCONSOLADO DE SARAH. SOBRE ESSAS IMAGENS, O “AGNUS DEI” (RÉQUIEM EM D MENOR, DE MOZART, CORAL DOS MENINOS DE VIENA). A MÚSICA FUNDE COM O GRITO DO POVO, FORA DA CATEDRAL: “JUSCELINO! JUSCELINO!”. A MUSICA VAZA PARA:
CENA 65. IGREJA DO RIO (QUALQUER UMA). EXTERIOR. DIA.
MARISA DEITADA EM CRUZ NO CHÃO DE UMA IGREJA. E, SOBRE ELA, ENTRA OFF DE JK:
JUSCELINO K. — (OFF) Gozos da alma, estou partindo agora, mas não te deixo só, porque te levo em mim: vou te levar comigo até meu fim. Faz nossa fé no mútuo amor provar que se alguém vai ter que se mover são nossos corpos, não o nosso ser.
CORTA.
CENA 66. CATEDRAL DE BRASÍLIA. EXTERIOR. DIA.
FINAL DA MISSA. D. JOSÉ NEWTON (FIG.) DANDO A BÊNÇÃO. OS SOLDADOS PEGAM O CAIXÃO, COBERTO COM A BANDEIRA NACIONAL. CAM. EM SARAH, FALANDO AO MICROFONE.
SARAH — A melhor forma de agradecer ao povo é permitir que ele leve o meu marido até o cemitério.
ALGUMAS PESSOAS TOMAM O LUGAR DOS SOLDADOS E SAEM COM O CAIXÃO DA CATEDRAL, ACOMPANHADOS PELOS PRESENTES. CORTA.
CENA 67. BRASÍLIA. CATEDRAL. EXTERIOR. DIA.
(ENTARDECER) O CAIXÃO SAINDO CARREGADO PELO POVO. ALGUNS BOMBEIROS (FIG.) CHEGAM PARA PEGAR O CAIXÃO E COLOCAR EM CIMA DO CAMINHÃO. O POVO NÃO DEIXA.
CEARÁ — (BERRANDO) O povo leva! O povo leva!
EM CORTES DESCONTÍNUOS VEMOS A MULTIDÃO SUBINDO, CONDUZINDO O CAIXÃO PELO MEIO DO GRAMADO DA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS, ACOMPANHADA DE PERTO POR POLICIAIS, SOLDADOS E BOMBEIROS. CORTA PARA A PLATAFORMA RODOVIÁRIA, COM O CAIXÃO SENDO COLOCADO NO CAMINHÃO DE BOMBEIROS, QUE SEGUE COM A SIRENE LIGADA E UMA BANDEIRA DE MINAS TREMULANDO, ACOMPANHADO PELA MULTIDÃO, A PÉ. NAS JANELAS, LENÇOS BRANCOS SÃO AGITADOS. CAM. DETALHA, DURANTE TODA A CENA, A EMOÇÃO DAS PESSOAS, AS FAIXAS DIZENDO “VIVA JUSCELINO”. CAM EM ABIGAIL QUE, NÃO SE CONTENDO, DEIXA ESCORRER UMA LÁGRIMA DISCRETA. DETALHAR LEONARDO NUMA ESPLANADA, EMOCIONADO, ACOMPANHANDO O ENTERRO. SILVINHA QUE ESTÁ COM SALOMÉ E RAUL ATRÁS PERCEBE QUE É ELE E VAI COLOCAR-SE A SEU LADO. ELE OLHA PARA ELA, OS DOIS CAMINHAM JUNTOS DE MÃOS DADAS. CORTA.
CENA 68. BRASÍLIA. CEMITÉRIO DA SAUDADE. EXT. NOITE.
O CEMITÉRIO TOMADO PELA POPULAÇÃO (FIG.), AMIGOS (FIG.) E POLÍTICOS (FIG) E ADOLPHO BLOCH, CHORANDO, CÉSAR PRATES. MAIS ATRÁS SARAH, AMPARADA POR MÁRCIA E MARIA ESTELA. RODRIGO, BÊ BARBARÁ, CEL. AFFONSO, CIRLENE, GERALDO CARNEIRO, VERA BRANT, CARLOS MURILO, DÉA, ILDEU, NEUSA, JULIO SOARES, IDALINA, BEATRIZ. TAMBÉM ESTÃO SALOMÉ COM RAUL. MAIS DISTANTES, SILVINHA E LEONARDO, ANA ROSENBERG COM SÉRGIO, ALZIRA, ANTENOR E JUDITE (JUNTOS), VILSINHO E SEBASTIÃO. LILIAN VÊ ALZIRA E VAI PARA ELA. AS DUAS SE ABRAÇAM EMOCIONADAS. O POVO (INCLUINDO SEU ZÉ, CEARÁ E GUIOMAR) VAI ABRINDO PASSAGEM.
SARAH — Por favor, deixem a gente passar.
SEU ZÉ — Vamo deixar Dona Sarah passar! Vamo respeitar a mulher do maior home do Brasil!!!
O POVO ATENDE AO PEDIDO. ALGUNS GRITAM “VIVA JUSCELINO!”, OUTROS “VIVA A DEMOCRACIA!”. GUIOMAR PUXA O CÔRO DE “PEIXE-VIVO”, CANTADO POR TODOS OS PRESENTES. EM CORTES DE CONTINUIDADE, VEMOS O CORPO CHEGANDO À SEPULTURA E BAIXANDO. CAM. DETALHA A BANDEIRA NACIONAL DOBRADA, QUE SARAH SEGURA E ABRAÇA JUNTO AO PEITO. ENTRA A LEGENDA: EM 1980 O PRESIDENTE JOÃO BAPTISTA FIGUEIREDO BAIXOU UM DECRETO REVOGANDO TODAS AS PUNIÇÕES IMPOSTAS A JK PELOS GOVERNOS ANTERIORES, COMPLETANDO A ABSOLVIÇÃO FORMAL POR CRIMES NÃO COMETIDOS. A 12 DE SETEMBRO DE 1981, DIA DO ANIVERSÁRIO DE JUSCELINO, DONA SARAH INAUGUROU O MEMORIAL JK, PROJETADO POR OSCAR NIEMEYER, CONSTRUÍDO PELOS AMIGOS E ADMIRADORES DE JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA. FECHA COM A ESTÁTUA DE JK NO MEMORIAL LIGANDO COM O LOGO DA MINISSÉRIE.
FIM
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